segunda-feira, 21 de março de 2011

Black Tide - Light From Above (2008)

Jovens em idade, experientes em gosto músical. Essa é a frase perfeita para descrever os norte-americanos do Black Tide. A banda originária da Flórida, conquistou em 2008 um grande espaço e destaque na mídia com o seu fiél e tradicional Heavy Metal.

Conheci a banda em uma das minhas inúmeras madrugadas solitárias assistindo TV, quando, sem prestar muita atenção a principio, ouvi o solo do clipe de “Shockwave” e fiquei impressionado com a técnica de um guitarrista que parecia ter uns 18 anos. Pesquisei e descobrir que claro, ele não tinha 18 anos, tinha só 15, e além de tocar feito um veterano do metal, cantava bem para caralho também.
Gabriel Garcia com certeza tem um talento acima da média, e passada a minha inveja, pude conferir todo o talento do rapaz e de seus companheiros (também moleques, diga-se de passagem) nesse incrível cd. A banda assim como o Strokes, surgiu como a “salvação do metal”. Bom, tenho dúvidas se o metal precisava ser salvo.
O som varia entre os primórdios do heavy metal clássico da NWOBHM, passeia pelo trash e flerta com o hard rock setentista. Eles conseguem soar novos e clássicos ao mesmo tempo. Em certos momentos do disco, você pensa estar ouvindo um cd novo de uma banda clássica dos anos 70. O trabalho de guitarra dos jovens Nuñez e Garcia é impecável. Soam como Hetfield e Hammet dos tempos aureos. Ao mesmo tempo eles entendem a cena atual, e leva um pouco da sonoridade e da caracteristica do metal moderno, principalmente na bateria que segue uma linha agressiva e rápida sem atropelar o restante dos instrumentos. Detalhe para a voz de Gabriel Garcia, que mesmo soando como a de um "moleque" se encaixa bem ao estilo montado pela banda e trás uma característica única para eles.
O Black Tide merece todos os méritos por serem jovens e mostrarem aos grupos mais velhos que parecem acomodados, que fazer um grande álbum de rock pesado, não é necessariamente inventar histórias fantasiosas, ser brutal nas melodias, ou se apegar a temas repetitivos. Basta ter boas composições, garra e força de vontade.
Destaque para as faixas Shockwave (rápida, pesada, e com um solo fuderoso), Warriors Of Time (a melhor do cd na minha opinião, grande composição) e Shout (destacando o trabalho vocal de Gabriel).

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