segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Teatro Mágico - Segundo Ato (2008)

É até injusto chamar O Teatro Mágico de banda. O Trabalho artístico de Fernando Anitelli e sua trupe vai muito além da música, passeando com brilhantismo pelo teatro, poesia, e artes circenses. Um grupo completo e que usa todas essas formas de expressões para revelar mazelas da sociedade e da alma humana.

Não me recordo quando conheci o grupo, o nome já me era familiar há algum tempo pois foi tirado de um dos livros que mais gosto e que me muito me influenciaram, O Lobo da Estepe de Hermann Hesse (leitura altamente recomendada), mas foi esse CD que me apaixonou pela trupe.

O Segunto Ato é, como o nome sugere, o 2º cd desse projeto, que assim como o primeiro reúne todas as diversas inspirações e inquietações de Fernando Anitelli, um dos grandes artistas desse país atualmente, na minha modesta opinião. Compositor de mão cheia, Fernando dá o tom das letras, explorando aspectos que tratam desde temas banais da sociedade, como as criticas em Cidadão de Papelão e O Mérito e o Monstro, à alienação e falta de conteúdo da TV em Xanéu n°5, ao afeto e a cumplicidade nas relações humanas em Sina, e a necessidade incoerente em definir o que por natureza não tem definição em A Flauta Mágica. 

No geral um cd encantador que revela muito da sociedade e da alma do povo brasileiro, misturando ritmos como a MPB,  a temas regionais e até eletrônicos, há uma diversidade enorme de instrumentos, sempre explorando muito bem tudo isso com os jogos de palavras, figuras de linguagens, metáforas, e o que há de melhor na literatura mundial. O grupo consegue através da voz doce de Fernando, atrair de forma singela a atenção do ouvinte para suas palavras.

O Teatro Mágico, assim como no livro, é um encontro consigo mesmo, somente para raros!


Slipknot - Subliminal Verses Vol. 3 (2004)


Em 2004 o Slipknot já era um dos grandes nomes do new metal ao lado de bandas como Korn, Limp Bizkit, e Linkin Park. Tinha 2 discos de sucesso, um marketing visual extremamente eficaz, e raiva de sobra para destruir todos a sua frente, mas os brutos também amam!

Como já dizia John Lydon, raiva é uma energia, e o Slipknot sempre usou essa energia para tratar dos assuntos mais sórdidos da sociedade atual, de forma direta, vil, e sem medir as palavras. Hipocrisia, medo,raiva, ódio, são assuntos recorrentes nas letras do Slipknot, aliados ao peso brutal de 9 (sim, eu disse 9) músicos, que sempre mostraram talento. Então por que mudar? Não sei, suspeito que depois da tempestade vem a calmaria, se bem que calmaria não é a melhor palavra para descrever o som desse 3º CD, mas sim eles mudaram.

Com a não menos que EXCELENTE produção do grande Rick Rubin, o Slipknot conseguiu o equilíbrio necessário para ter um dos maiores álbuns do metal da década passada. O peso usual está lá, a raiva também, mas tem algo de novo nesse cd. percebe-se claramente aspectos mais introspectivos dos integrantes tanto no som, quanto nas letras. Agora não são mais 9 caras gritando com ódio por que precisam serem ouvidos, isso eles conseguiram nos outros 2 cds, agora eles precisam mostram quem são e o que querem.

O álbum tem músicas que remetem ao peso dos primeiros discos, Three Nill, e Welcome me lembram esses cds, mas há coisas novas, músicas tão bem trabalhadas que se tornaram os hits comerciais, como Vermillion, Before I Forget, e Duality, sem contar 3 músicas acústicas, que são consideradas até heresias pelos fãs mais xiitas, coisa que eu não entendo.

No geral um cd sombrio, forte, emocional, que trata das aflições humanas, mas acima disso, trata das aflições daqueles 9 caras, escondidos atrás de mascaras, e que apesar de toda a raiva e ódio pelo mundo, sabem que o pior mal está dentro de cada um de nós.





quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Steel Dragon - Steel Dragon (2001)


Imagine uma banda com Zakk Wylde, Jeff Scott Soto, Ronnie James Dio, Blackmore, Jason Bonham, Bon Jovi, e Sammy Hangar? Banda dos sonhos não? E se eu disesse que ela existe e tem até cd?

Em 2001 se eu não me engano, foi lancado um filme chamado Rock Star com Mark Wahlberg e Jeniffer Aniston e se você é fã de rock já deve ter assistido. O filme conta a história de Chris, um garoto que ídolatra uma banda de rock chamada Steel Dragon, ao ponto de montar uma banda tributo que só toca músicas da tal Steel Dragon, sendo ele, Chris, o vocalista. Após a saída do vocalista oficial da Steel Dragon, Chris é chamado para seu lugar, completando o cliché “seus sonhos são possíveis”. O filme foi inspirado na história verídica do Tom “Riddle”, fã do Judas Priest que assumiu o lugar de Rob Halford após sua saída.

Fato é que a banda fictícia do filme precisava de músicas de verdade. A partir dai surgiu talvez a maior superbanda que o rock já teve. Jeff Scott Soto e Ronnie James Dio nos vocais, Zakk Wylde e Richie Blackmore nas guitarras, Jason Bonham na bateria, filho do lendário baterista do Led Zeppelin John Bonham, e composições de Bon Jovi e Sammy Hagar. Claro que eles não aparecem no filme, mas as músicas que tocam durante todo o filme foram escritas e gravadas por eles.

Essa compilação trás 8 músicas feitas por esses gênios do rock para esse filme. Um rock classico, pesado, sem frescura, como ele deve ser. Passeando entre o Hard Rock e o Metal, um cd impecável, na verdade, feito por que foi, ninguém esperaria menos não é mesmo?

Destaque para as faixas: Wasted Generation (Soto arassando nos vocais), Stand Up (o hit do filme), e Crown Of Falsehood (grande solo de Zakk)

Joe Satriani - The Extremist (1992)


Esse é um das dezenas de cds do cara que me fez querer aprender a tocar guitarra, no alto dos meus 15 anos. Hoje posso dizer com orgulho, que só consigo tocar UMA música desse cd, mas continuo admirando muito todo o trabalho desse gênio das 6 cordas.

Joe sempre foi um apaixonado por música, mas curiosamente seu primeiro instrumento de estudo foi uma bateria, isso aos 6 anos, mas apaixonado por Hendrix como era, se viu praticamente obrigado a se aventurar na guitarra aos 12 anos, quando viu o mesmo tacar fogo na bixinha em Woodstock. Era o destino

Joe se tornou um mestre da guitarra. Foi professor de gente como Steve Vai, Kirk Hammet do Metallica, e Rick Robisson do Black Crowes. Posso contar nos dedos os músicos instrumentais que alcançaram o que Joe Satrini conseguiu. Onde nesse mundo de meu deus se pensou que um cd instrumental pudesse vender milhões de copias? Isso desde da década de 80! Você pode achar que nunca ouviu falar dele, mas com certeza já ouviu algum de seus temas em aberturas ou vinhetas de programas, ou mesmo em comerciais.

Dificil escolher um dos mais de 30 cds que ele já lançou para comentar, e acredite, todos valem muito a pena, mas esse, The Extremist, eu particurlamente gosto pela simplicidade do rock. Joe é dono de uma técnica e musicalidade fora do comum, mas nesse cd opta por temas simples e solos marcantes carregados de felling e experiência. E desse cd também a musica instrumental mais bem sucedida comercialmente até os dias de hoje, Summer Song, a unica música aliás a ganhar dois Grammys de melhor música instrumental por DOIS anos consecutivos.

Se vc ainda não se apaixou por ele, baixe o cd, ouça, e se deixa levar um pouco pelo som e energia desse rockeiro careca, que se dedicou como poucos a fazer oq gosta.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dezperadoz – The Legend And The Truth (2006)

Essa é uma banda que está aqui por um único motivo. Roubaram a minha ideia.
Em uma outra vida eu devo ter sido um cowboy. Gosto dessa cultura, dos sapatos de couro, dos jeans rasgados, do chapéu western, da cara de mau, e do jeitão desleixado, então se você acha que sou um fã de filmes de velho oeste, bingo! ...Clint Eastwood rulez.
Um dia vendo o clipe de “she builds quick machines” do Velvet Revolver, percebi como a temática do Velho Oeste americano se encaixava perfeitamente com o rock’n’roll, e comecei a procurar alguma banda que já tivesse tido essa ideia. Foi uma longa procura, mas valeu a pena.
O Dezperadoz é um projeto do guitarrista Alex Kraft, que, assim como eu, percebeu que o Velho Oeste tinha o clima perfeito para o rock. O que ele fez? Montou uma banda exclusiva para tocar rock com muita influencia do Wild West, e nisso conseguiu montar a melhor banda que ouvi ultimamente.
Cavalos, tiros, brigas, guizo de cobras. Tudo isso você encontra nesse cd, junto com aqueles tradicionais instrumentais da musica sulista americana, e muito peso nas guitarristas. A banda me soa muita como um Metallica no velho oeste, principalmente pelo timbre de voz de Alex Kraft, muito semelhante com o de James Hetfield.
A banda já lançou 3 cds, sempre com a mesma temática Western, o primeiro com Tom Angelripper nos vocais, o que dava um peso a mais, e ous outros 2 com o proprio Alex Kraft. O CD que deixo aqui é o 2° deles, o meu favorito, com muito peso, e aquele climão do faroeste americano, simplesmente fantástico.
Baixe, vista suas botas, pegue seu cavalo, e grite Irra!!!

Oasis – Familiar To Millions (2000)

Certa vez, Liam Gallagher disse que o Oasis era a melhor banda do mundo desde os Beatles. Ouvindo esse cd eu até acredito.
O Oasis é sem duvida uma grande banda, e sem sombra de duvida esse fato se deve a genialidade/polemica dos seus 2 membros fundadores, que por acaso são irmãos, e daqueles que não se dão muito bem ainda.
Liam e Noel Gallagher, só não são mais talentosos musicalmente do que são polêmicos. Arrogantes, prepotentes, exibidos, orgulhosos, e a lista poderia continuar até amanha, mas quando você para pra ouvi-los tocar, você tem que dar o braço a torcer, os caras são muito bons no que fazem.
O Oasis fez histórias com musicas com letras inspiradas e um rock abusado.  Impossível não cantar junto musicas como Rock and Roll Star, ou Supesonic, ou não se deixar envolver com letras como Live Forever ou Wonderwall.
Esse é um cd visceral dos caras, gravado ao vivo, e com muita energia. Um daqueles cds que te trazem uma sensação boa, sem você saber exatamente o por que, mas acho que é pela verdade que os 2 conseguem transmitir. Eles fazem e tocam o que gostam, e fazem isso muito bem. Um Liam com seu jeito único de cantar e xingando Deus e o mundo o tempo todo como de costume, e Noel, inspiradíssimo nas guitarras e esbanjando talento em cada solo.
Um CD verdadeiro, autentico, com muita energia de 2 caras que farão muita falta ao Rock and Roll.

ZZ Top – Star Mark Greatest Hits (2008)

Blues Rock, carros antigos, mulheres e Las Vegas. Essa é a combinação que forma o som do ZZ Top, um Power Trio lendário do Texas.
Lembro da primeira vez que ouvi o som dos caras. Estava eu assistindo De Volta Para o Futuro 3, e eis que em uma das cenas adivinha quem estava tocando? Sim, o N,Sync! ...Putaria, era o ZZ Top. Eu como um fã incondicional da série e de rock, tive que ir atrás dos CDs daquelas caras barbudos e que faziam o melhor Blues Rock que eu tinha ouvido até então.
O som dos caras se resume ao Blues Rock, mas com o passar dos anos começaram a incorporar algum elementos mais eletrônicos, dando um ar mais moderno as suas músicas, mas ainda longe de fugir do tradicional Rock setentista.
Musicas animadas, com aquele clima de estrada e descontração, letras engraçadas e riffs clássicos do Hard Rock, sem contar os solos, virtuosos, abusando das pentatônicas e dos harmônicos artificiais. Billy Gibbons e sua tradicional voz rouca é ainda um dos grandes nomes das 6 cordas.
Difícil escolher um cd dos caras para comentar, até por que eles já tem mais de 12, e todos muito bons, mas essa é uma coletânea com vários hits.
Banda indispensável pra quem gosta de Blues/Hard Rock.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Danko Jones – This is Danko Jones (2009)

Mas uma banda sem frescura, e quando eu digo sem frescura, e literalmente isso mesmo. Sem muitos efeitos, sem solos complexos, e composições extremamente simples que remetem ao velho punk rock, mas com uma “pitada” de modernidade, que faz desse grupo um dos mais animados dos últimos tempos.
A banda sofreu da mesma falta de criatividade de Jon Bon Jovi e Eddie Van Halen quando buscavam um nome para suas respectivas bandas. Sorte que tinham sobrenomes muito legais.
O líder, vocalista e guitarrista Danko Jones, junto com o baixista John Calabrese, e o baterista Dan Cornelius, formaram a banda em 1999, inicialmente com um som mais Punk Rock, que com o passar do tempo foi se aproximando do Hard Rock.
Esse cd que deixo é uma compilação de 2009 só com sonzeiras da banda. impossível ficar parado. As musicas são sempre muito animadas, pesadas, e contagiantes. Refrões simples que grudam na sua cabeça como chiclete no sapato.
O CD todo é fantástico mas eu destaco as faixas Bounce (contagiante e viciante), I Love Living  In The City (suja e empolgante), e Invicible (rápida e avassaladora). Ótimas para ouvir alto no carro.
Enjoy

Black Tide - Light From Above (2008)

Jovens em idade, experientes em gosto músical. Essa é a frase perfeita para descrever os norte-americanos do Black Tide. A banda originária da Flórida, conquistou em 2008 um grande espaço e destaque na mídia com o seu fiél e tradicional Heavy Metal.

Conheci a banda em uma das minhas inúmeras madrugadas solitárias assistindo TV, quando, sem prestar muita atenção a principio, ouvi o solo do clipe de “Shockwave” e fiquei impressionado com a técnica de um guitarrista que parecia ter uns 18 anos. Pesquisei e descobrir que claro, ele não tinha 18 anos, tinha só 15, e além de tocar feito um veterano do metal, cantava bem para caralho também.
Gabriel Garcia com certeza tem um talento acima da média, e passada a minha inveja, pude conferir todo o talento do rapaz e de seus companheiros (também moleques, diga-se de passagem) nesse incrível cd. A banda assim como o Strokes, surgiu como a “salvação do metal”. Bom, tenho dúvidas se o metal precisava ser salvo.
O som varia entre os primórdios do heavy metal clássico da NWOBHM, passeia pelo trash e flerta com o hard rock setentista. Eles conseguem soar novos e clássicos ao mesmo tempo. Em certos momentos do disco, você pensa estar ouvindo um cd novo de uma banda clássica dos anos 70. O trabalho de guitarra dos jovens Nuñez e Garcia é impecável. Soam como Hetfield e Hammet dos tempos aureos. Ao mesmo tempo eles entendem a cena atual, e leva um pouco da sonoridade e da caracteristica do metal moderno, principalmente na bateria que segue uma linha agressiva e rápida sem atropelar o restante dos instrumentos. Detalhe para a voz de Gabriel Garcia, que mesmo soando como a de um "moleque" se encaixa bem ao estilo montado pela banda e trás uma característica única para eles.
O Black Tide merece todos os méritos por serem jovens e mostrarem aos grupos mais velhos que parecem acomodados, que fazer um grande álbum de rock pesado, não é necessariamente inventar histórias fantasiosas, ser brutal nas melodias, ou se apegar a temas repetitivos. Basta ter boas composições, garra e força de vontade.
Destaque para as faixas Shockwave (rápida, pesada, e com um solo fuderoso), Warriors Of Time (a melhor do cd na minha opinião, grande composição) e Shout (destacando o trabalho vocal de Gabriel).

quinta-feira, 3 de março de 2011

Rodox - Rodox

Bom sem muita descrição...porque às 2:11 da manhã você não raciocina muito bem...hehe


O que importa saber é que o Rodox foi uma banda brasileira de punk hardcore formada em 2002 e que teve pouco tempo de existência, tendo seu fim em 2004..o suficiente para lançarem 2 álbuns muito maneiros, com um som pesado em algumas músicas e melódico em outras, fazendo uma mistureba de hardcore, punk rock, ska e até rap rock. Enfim..bicho que gosto muito de Rodox..vale a pena ouvir.

Pra quem não sabe, essa foi a banda que o Rodolfo montou após sair do Raimundos.

Depois de sair dos Raimundos, no auge da carreira, ausentou-se por algum tempo do cenário musical. Muitos pensavam que ele não iria mais tocar, mas nesse período ele estava compondo, tocando e gravando junto ao DJ Bob. Tom Capone foi chamado para produzir e tocar, e para a bateria foi chamado Fernando Schaefer (ex-Pavilhão 9 e Korzus). Em cinco dias, nasce Rodox. (wikipédia rules manolo)

Este álbum que to postando é o segundo da banda e o mais pesadinho..=D Destaque pra música de abertura do cd: Segue a Linha, De Costas Para o mar, Incinerador, Iluminado (a melhor..u.u), Foi bom esperar (o melhor refrão.)

Enfim...como se é de esperar, esta banda possui vários elementos das crenças que o Rodolfo passou a proclamar. Reflitam nas letras. Fui!