Em 2004 o Slipknot já era um dos grandes nomes do new metal ao
lado de bandas como Korn, Limp Bizkit, e Linkin Park. Tinha 2 discos de
sucesso, um marketing visual extremamente eficaz, e raiva de sobra para
destruir todos a sua frente, mas os brutos também amam!
Como já
dizia John Lydon, raiva é uma energia, e o Slipknot sempre usou essa
energia para tratar dos assuntos
mais sórdidos da sociedade atual, de forma direta, vil, e sem medir as
palavras. Hipocrisia, medo,raiva, ódio, são
assuntos recorrentes nas letras do Slipknot, aliados ao peso brutal
de 9 (sim, eu disse 9) músicos, que sempre mostraram talento. Então por que
mudar? Não sei, suspeito que depois da tempestade vem a calmaria, se bem
que calmaria não é a melhor palavra para descrever o som desse 3º CD, mas sim
eles mudaram.
Com a não menos que EXCELENTE produção do grande Rick Rubin, o Slipknot conseguiu o equilíbrio necessário para ter um dos maiores álbuns do metal da década passada. O peso usual está lá, a raiva também, mas tem algo de novo nesse cd. percebe-se claramente aspectos mais introspectivos dos integrantes tanto no som, quanto nas letras. Agora não são mais 9 caras gritando com ódio por que precisam serem ouvidos, isso eles conseguiram nos outros 2 cds, agora eles precisam mostram quem são e o que querem.
O álbum tem músicas que remetem ao peso dos primeiros discos, Three Nill, e Welcome me lembram esses cds, mas há coisas novas, músicas tão bem trabalhadas que se tornaram os hits comerciais, como Vermillion, Before I Forget, e Duality, sem contar 3 músicas acústicas, que são consideradas até heresias pelos fãs mais xiitas, coisa que eu não entendo.
No geral um cd
sombrio, forte, emocional, que trata das aflições humanas, mas acima disso,
trata das aflições daqueles 9 caras, escondidos atrás de mascaras, e que apesar
de toda a raiva e ódio pelo mundo, sabem que o pior mal está dentro de cada um
de nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário